domingo, 29 de novembro de 2020

O porque de eu não publicar revisões de produtos na Amazon

Eu sou cliente da Amazon pelo menos desde 2005 (talvez antes).

Isso significa que comecei quando só existia Amazon nos EUA, e eu comprava coisas (na maioria livros) importados mesmo.

Depois fui forçado a ir para a Amazon brasileira. Não tão boa quanto, mas ainda boa o suficiente.

O interessante é que mesmo comprando tantos livros, eu nunca consegui publicar uma avaliação sequer sobre um produto. Minhas avaliações são sempre vetadas, sem nenhuma explicação decente. Veja essa última que acabo de receber:

Me pergunto onde minha avaliação se encaixa em um dos "problemas" oferecidos.

Não dou a mínima para o tema. Mas tenho certeza de que não se trata de nada relacionado a informática/computação. Claramente o livro está na seção errada, mas o imbecil que revisou achou que não.

Bem, foda-se a Amazon. Eu desisti de escrever resenhas sobre livros em locais que os vendem já faz tempo. A verdade é que você não pode falar mal dos produto que estão sendo vendidos. E considerando que a Amazon é uma empresa que se recusa a vender livros para bibliotecas, vou começar a comprar em outro canto, preferencialmente diretamente com as editoras ou através de empresas como a Leanpub.

Quer saber se algum livro presta? Tente em outro lugar.

Eu, por exemplo, uso o Skoob. Pelo menos lá aparentemente as avaliações positivos ou negativas ainda não estão sendo compradas. Mas em um mundo onde se fabrica notícias a cada cinco minutos, isso pode mudar.


Sinais de uma proposta de trabalho de merda

Todo mundo sabe que na área de informática temos uma variedade de propostas de trabalho maior do que comparada a outras áreas. Normal, oferta e demanda e essas coisas todas. E qualquer empresa hoje em dia não sobrevive sem TI.

O que geralmente as pessoas não percebem é que boa parte dessas proposta de trabalho são uma merda. Alguns recrutadores não sabem (ou, por algum milagre, decidiram ser mais  honestos) e publicam as vagas com sinais claros que você não deve largar seu emprego atual se puder.

Como ando vendo sinais com frequência disso, resolvi catalogá-los aqui. Vamos a eles.

O que você lê O que significa
Compartilhar conhecimento com Não queremos investir em treinamento para nossa equipe, essa responsabilidade será sua
Conseguir se automotivar Vamos explorar você ao máximo, próximo do ponto de morte, e você deverá manter-se sorrindo
Pensar fora da caixa e se auto desafiar constantemente Nossa diretoria, que deveriam ser as pessoas na empresa responsáveis por pensar estrategicamente, estão com preguicinha. Sobrou para você.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Por que não gosto de smartphones

Frequentemente sou criticado com relação a minha escolha de celular (LG 220 dual SIM):

É isso mesmo, essa coisa feia e antiquada aí.

As críticas vão desde risadas descontraídas, passando por caretas e até algumas queixas mais pesadas. Uma vez acreditaram que era o celular de brinquedo do meu filho.

"Como pode você trabalhar com tecnologia e usar essa tranqueira?!?"

Do meu ponto de vista, justamente por isso.

Veja bem, eu moro no Brasil. Então guarde isso em mente porque é importante.

Eu evito smartphones pelos motivos abaixo:

  1. falta de privacidade.
  2. falta de controle.
  3. custo-benefício ruim.
  4. não me oferece nenhum benefício que eu realmente precise.

Falta de privacidade

Se você não sabe, seu celular fornece informações sobre absolutamente tudo o que faz. Dependendo de como você usa e configura, ele sabe inclusive por onde você anda passeando, o que compra, com quem fala e as fotos que tira. Esse é um assunto longo e tem muito material se você procurar por aí. Se informe.

Falta de controle

Não lhe bastando a falta de privacidade, que espécie de controle você acha que tem sobre seu aparelho? Vou te contar: de pouco a nenhum.

Todos os aparelhos e sistemas operacionais tem aplicativos que você não consegue remover. Isso mesmo, você pagou mas não consegue instalar ou remover o que o quiser. Para a maioria das pessoas não-técnicas parece OK. Parece que para as que tem conhecimento também.

Sim, você consegue executar gambiarras para desbloquear e se livrar as aplicações inúteis da sua operadora, por exemplo, ou aquele aplicativo chato que você nunca usa. Mas como disse, são gambiarras e você pode perder o aparelho se fizer errado.

Algumas pessoas argumentam que alguns aplicativos são fundamentais para o funcionamento básico do aparelho. Balela: qualquer programador sabe que código fundamental deve ser separado em bibliotecas compartilhadas. É assim desde a muito tempo (exceto se você desenvolve para Windows, claro). Isso era do tempo que a Microsoft te forçava a usar o Internet Explorer, por exemplo.

E por quê a implicância?

Bem, eu quero controlar o que tem instalado no meu aparelho porque:

  1. Não quero baixar atualizações do que eu não uso.
  2. Não quero estar aberto a falhas de segurança de software que não uso.
  3. Não quero ocupar espaço no meu celular de forma desnecessária.

Todos são motivos importantes, o terceiro talvez mais: smartphones com hardware antiquado geralmente não consegue receber atualizações de software porque não tem o espaço necessário. Isso também acontece com qualquer computador, mas com uma taxa muito mais lenta e custo muito menor. É o que preço que se paga por mobilidade.

Custo benefício ruim

Lembra-se que eu disse que morava no Brasil?

Pois é... o custo-benefício aqui é péssimo. Não só os aparelhos custam muito caro (como todo o restante), mas o serviço também é uma porcaria: as operadoras no Brasil estão acostumadas a prestarem um serviço ruim com alto preço. De que adianta meu smartphone modernoso com processador de N núcleos e o 3G não pega?

Isso não impede que as lojas de smartphones e operadoras estejam sempre cheias. Eu realmente não sei o que as pessoas tem na cabeça, mas minha última tentativa de adquirir um smartphone "pé-de-boi" resultou em um gasto de R$3000, contando os gastos com serviço de internet, até o final deste ano. Como eu imagino um monte de outras coisas que eu poderia usar com essa grana e fiquei com meu aparelho atual.

Não me oferece nenhum benefício que eu realmente precise

Se eu acho que smartphones são inúteis? Pelo contrário.

Para pessoas que trabalham com ele e precisam de mobilidade (como trabalhar fora de um escritório) ele é fundamental. As pessoas cortam despesas quando usam o Whatsapp direito, por exemplo. Ou podem responder e-mails sobre trabalho e resolver problemas com mais agilidade.

Algumas coisas seriam impossíveis de se fazer sem um smartphone: vide o Uber, por exemplo.

Eu mesmo já me beneficiei das praticidade e conforto de usar o GPS ou pesquisar preços na Internet antes de fazer aquela compra na loja. Mas eu realmente preciso disso?

Acho que não... principalmente considerando o custo-benefício ruim que eu citei antes. E a palavra certa é "conforto": você adquire algum e depois acredita que não consegue viver sem.

Pior, eu arrisco dizer que a grande maioria dos usuários não precisam de um smartphone. Basta pegar um transporte público e observar as pessoas. Isso sem contar os hábitos ruins que as pessoas passaram a ter depois de comprar um.

Conclusão

Ficar velho é ficar mais chato... mas prefiro continuar a escutar as gracinhas do que pagar caro só para manter um status do qual não preciso.

E por que escrevi esse post, você deve estar se perguntando?

Bem, agora posso economizar explicações: e só passar a URL dele. :-)

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Obrigado pela incompetência Receita Federal!

Tentando realizar o download do programa de declaração de IRPF 2016 do website da Receita Federal... via Windows 7, Firefox versão 45.01:




Além de ser obrigado a declarar minha renda, também tenho que ter fé que não estou levando gato por lebre?

A alternativa é ir na Receita Federal mais próxima e pedir o programa... talvez eles tenham disponível em disquetes ou moderníssimos CDROMs.