quinta-feira, 20 de junho de 2013

A quantas anda a gestão de processos de TI no Brasil?

Muito se fala sobre gestão de processos de TI: Cobit, ITIL, CMMI e outras tantas siglas (com milhares de páginas de conceituação por trás) para tentar tornar a área de TI mais gerenciável.

Mas a quantas anda isso nas empresas em território tupiniquim? Bem, vou dar uma das possíveis visões (recorrentes) que tenho, e com uma boa dose de sarcasmo. Veja a imagem abaixo:


Com isso posso afirmar que existe "dois" tipos de ITIL no Brasil:
  1. Tem o ITIL mesmo, o que é bem documentado e existe certificação para profissionais;
  2. Tem o "Aí Tio... corre!", vulgarmente conhecido como "carteirada", sendo esta integralmente parte do conhecimento tácito de qualquer profissional de informática brasileiro.
Obviamente o screen shot acima se aplica ao segundo caso. Quando uma empresa se dá ao trabalho de oficializar a "carteirada" numa ferramenta de gestão de incidentes, requisições e problemas, é porque a coisa está feia. Literalmente é pegar os conceitos de ITIL e distorcer para caber no velho "jeitinho" brasileiro. E com isso, deixamos de ser profissionais para virarmos quebradores de galhos.

Levando em consideração o contexto das passeatas pelo país atualmente, não é difícil entender como o buraco é bem maior do que pensamos: a hipocrisia faz parte da cultura do brasileiro.

terça-feira, 19 de março de 2013

Status do mercado de trabalho de Siebel no Brasil

Hoje eu estava lendo o editoral da revista "Admin Magazine" número 8 e me chamou a atenção o trecho que cito abaixo:
Que o Brasil vive um apagão de mão de obra qualificada não é novidade para ninguém. Quando consideramos o mercado de tecnologia, entretanto, a falta de profissionais qualificados atinge atualmente níveis sem precedentes.

Segundo Gabriel Rico, CEO da AMCHAM – Câmara Americana de Comércio –, "o Brasil vive um déficit de mão de obra qualificada, especialmente no que tange a profissionais de nível técnico. A formação profissional precisa ser adequada à demanda da economia. Para isso, há a necessidade de esforços conjuntos entre empresas, governos e as diversas instituições de ensino."
Eu tenho visto afirmações semelhantes em outras mídias e parece existir uma grande contradição nessas afirmações se considerarmos que o mercado atual tenta achatar cada vez mais os salários dos profissionais de TI. É meio ilógico, chega a ferir o conceito de "oferta e procura": a procura é grande, mas quer se pagar pouco por profissionais qualificados e poucas empresas podem hoje afirmar que investem em treinamento formal para manter sua equipe técnica afiada.

Eu não consigo entender isso para o mercado de trabalho atual de Siebel no Brasil, principalmente considerando que a Oracle não oferece mais treinamento presencial para a plataforma. De forma geral profissionais de Siebel sempre foram escassos, mas recentemente vejo ofertas que tem a pretensão de agregar funções de funcional, configurador, integrador e sadmin para uma única vaga com propostas salariais que vão desde "à combinar" até o equivalente ao salário de um profissional júnior.

Atualização: não é exatamente uma resposta para a pergunta, mas mostra um outro ponto de vista que aparentemente as empresas andam ignorando. Vale a pena ler o artigo (em inglês):

http://www.joelonsoftware.com/articles/fog0000000050.html